domingo, 28 de março de 2010

Pérola

Pérola


Eu gosto tanto do mar
Que hoje resolvi brincar de ostra
Não saí da minha concha
Nem para ver o céu
Mergulhada nas profundezas de minh’alma
Aguardo a tempestade passar
Até que as águas revoltas voltem à calma
E ao voltar à superfície
Uma pérola resplandeça.

sábado, 13 de março de 2010

Promessa de um bom dia!

Eis que novo dia amanhece e deixa para trás as incertezas de ontem.

Um fio de felicidade duradoura invade meu ser no silêncio do amanhecer que fora rompido por uma voz grave e doce que me deseja um bom dia e me beija de longe.

O coração dança no compasso da alma que canta como sereia somente aos ouvidos que se abrem para entender a melodia silenciosa.

Existem mistérios insondáveis que mudam repentinamente a história de uma vida.

Existem cores tão reais e vivas quanto inimagináveis, porém só podem ser contempladas pelos caminhos do pensamento em que viajamos de olhos fechados.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Canção das Mulheres - Lya Luft


Uma homenagem às mulheres que como eu acreditam que a sensibilidade aliada ao amor - ainda que incompreendido - pode transformar qualquer situação e, porque não, o mundo!!
Escritora e poetisa maravilhosa, literatura sensível, natural e impecável. Traduziu nestas palavras tudo aquilo que nós somos, todas nós, sem excessão. Divinamente mulheres.
"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher."