sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ausência

(Foto de Fernanda Vaitkevicius)


Estive longe.


Estar longe não significa estar ausente.

Talvez eu estivesse ausente de mim, reajustando idéias e convicções.

O tempo vai passando mansamente e ditando as prioridades.

Sim, em seu silêncio o tempo ordena a urgência do cotidiano.

E a urgência dele muitas vezes não é a minha, mas é ele quem se organiza em meu lugar.

Hoje ele permitiu que eu voltasse e contemplasse meus pensamentos empoeirados. Brotaram em mim as palavras,organizadas e alinhadas em sentimentos claros.

Escrever é como voltar pra casa depois de uma longa viagem. É adentrar as portas da sala e soltar no chão as malas. Desfazê-las, colocar para lavar a roupa suja, dobrar e guardar nas gavetas as limpas e presentear com abraços àqueles que nos esperavam.

Trago nas malas as histórias dos meus dias de distância, não de ausência.

E tudo o que foi vivido é acréscimo de aprendizado.

Estar consigo é a melhor maneira de aprender a estar com o mundo e hoje estou de volta aqui porque tenho muito a dizer sobre o que aprendi na longa viagem que fiz ao infinito de mim!



Um comentário:

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde.Espero que você tire da sua bagagem em sua maioria coisas boas, e que as ruins tenham servido para de alguma forma você aprender e a caminhar com mais segurança.
Viajar em nós mesmos, se faz necessário, e não podemos evitar de embarcarmos nesta viagem, que com certeza fará com que nos conheçamos mais, e com isso nos fará mais felizes também, qualquer que seja o destino para onde viajamos, dentre muitos por onde passeamos, porém chegaremos mais fortes, frágeis, porém, diferentes em algo, e isso é muito bom, pois se trata de renovação!
Um excelente sábado, e fique com Deus!Beijo grande!