domingo, 25 de abril de 2010

Curar a solidão é ser feliz


O homem é um ser social.


Não são poucas as vezes que durante a vida nos deparamos com essa afirmação.

Ser social significa diretamente não ser sozinho, porém hoje em dia tal afirmação está cada vez mais contraditória com o rumo que a vida moderna toma de forma acelerada.

Tanta tecnologia a favor do conforto, cultiva pessoas cada vez mais trancadas em si mesmas, seja pela rotina que escraviza, seja pela falta de segurança ou outros fatores diversos que desencadearam a instalação da maior doença do século: a solidão.

Sentir solidão não é privilégio apenas de quem está sozinho e isso me faz lembrar um verso da música do saudoso Cazuza: “... solidão a dois de dia...”.

Vemos inúmeras histórias de casais que se formam nas diversas redes de relacionamento, sem precisarem deixar o conforto de seus lares e nem sempre elas têm finais felizes.

Vemos amizades virtuais crescendo desenfreadamente também dessa mesma maneira e isso é preocupante, pois qualquer tipo de relacionamento humano implica ter responsabilidades. Como é possível chamar de amigo alguém que nunca abraçamos?

Desde que nascemos somos pessoas que necessitam de cuidados, de afagos, de sermos ouvidos e isso deve transitar em nossa vida bilateralmente, ou seja, precisamos dar e receber.

Precisamos resgatar valores perdidos ao longo do caminho.

O primeiro passo para deixarmos a solidão para fora de nós é estarmos expostos aos contatos.

Sermos amados não significa que a todo o momento receberemos apenas sorrisos e aprovações. O cuidado do amor que se instala nos relacionamentos verdadeiros também repreende quando é necessário.

Basta olharmos ao redor e percebermos como são as crianças em que os pais fazem todas as suas vontades. Tornam-se pessoas insaciáveis e quando se deparam com o “não” na vida, sentem um vazio tão insuportável a ponto de procurarem o preenchimento desse vazio por caminhos que sabemos bem onde levam: dependência química, distúrbios alimentares, depressão e afins.
Precisamos nos posicionar com firmeza e expor ao invés de impor nossos valores. Somos responsáveis por nós mesmos, mas também temos um papel relevante na vida daqueles que estão ao nosso redor.
Ter consciência e aceitar o presente é o primeiro passo para a mudança.

Nem sempre o caminho da mudança é suave, pois nos convida a rever pensamentos e atitudes. Abandonar hábitos enraizados não é tarefa fácil.

Porém, a vontade de se tornar melhor é o que nos move. E se você chegou até aqui é sinal que já está prestes a dar o primeiro passo.
O negócio mais urgente é ser feliz e isso só você pode decidir querer.

Um comentário:

Emilene Lopes disse...

Linda sua mensagem Fernanda...mas eu acredito em amizades virtuais, pois nossa alma está ligada diretamente ao nosso coração, claro que se pudessemos no viamos mas a distãncia nem sempre ajuda, só atraplha...Necessitamos do toque sim, mas uma amizade saudável virtualmente sempre faz bem...

Bjs linda!

Mila