domingo, 30 de dezembro de 2007

Conquistando a Lua em 2008




Já vai longe o dia em que o Homem pisou na Lua pela primeira vez. 1969, 20 de Julho.Eu nem havia nascido.

Um desafio imaginado, planejado, duvidado. Por quantos e tantos foi desejado. Os mais céticos ainda duvidam deste feito que mudou a história da humanidade. Neil Armstrong pisou em solo lunar. O que se passava em seu pensamento naquele instante, talvez nem ele próprio conseguisse decifrar com palavras.Em sua trajetória de vida é bem provável que quando criança em fase escolar, adolescente cheio de sonhos, jamais imaginasse que pudesse estar ali, tão à frente dos homens de seu tempo.

Já se foram trinta e oito anos desde então. E quantos de nós desejam conquistar a própria Lua.

Este satélite sempre exerceu fascínio sobre mim e, garanto, sem sombra de dúvida, de muitos e muitos. Fonte inspiradora de romances, de canções, de histórias das mais diversas. De amores incuráveis, das histórias de lobisomem.

As fases da Lua, explicam fenômenos naturais, mudança de humor feminino.Os índios ainda contam "as Luas" para saber a data de um parto.Enfim, quantas coisas ainda sobrevivem em função da Lua. Inspiração para as magias das bruxas do bem ou do mal.

Cada um de nós deve ter uma história de Lua pra contar. Conquistar a própria Lua tem a ver com a realização dos desejos mais intensos da alma. Rumar até lá, exige planejamento, dedicação e em hipótese alguma voltar atrás depois da partida da sua Apollo.
Embarque sua nave, dirija, ainda que sua Lua pareça distante, que a imensidão do caminho o assuste.Siga!

Na imensidão há obstáculos invisíveis, e o mais traiçoeiro deles pode te fazer pôr tudo a perder.Jamais deixe que o medo do fracasso se apodere de você. Quando enfrentar momentos de escuridão, lembre-se que a caminho da Lua encontrará um corredor de estrelas, aprecie-as quando passar por elas e vislumbre a luz ainda maior que te espera quando pisar no seu solo lunar. Pise descalço na sua Lua, desfrute sua merecida conquista, seja Feliz!!!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Rê Bordosa do século XXI

Quem de nós, com mais de trinta anos não se lembra dessa figura do cartunista Angeli, a “Rê Bordosa”??? Talvez o mais completo retrato psicológico e social da mulher urbana de sua época, dividida entre a crise dos 30 anos, o eterno desafio de se relacionar com o sexo oposto e a liberdade sexual que a satisfez na década anterior.

Rotulada de "porra-loca", nunca foi tão atual, apesar de ter "morrido" há dez anos. Alcóolatra, riponga, do tipo "nem aí". Colecionadora de parceiros sexuais. Me lembro de uma tira em que ela estava como de costume: fumando, uma garrafa de bebida em uma das mãos... na cama ao lado de um suposto candidato a marido ... Ela dizia : " Sim,claro que aceito me casar com você. Mas... Qual é mesmo seu nome? "

Tenho observado o comportamento de algumas mulheres. Quanta "Rê Bordosa" existe por aí. Isso pode ser um estilo de vida, e cada um na sua. O problema, é que elas mesmas reclamam das conseqüências daquilo que elas escolheram prá si. E digo mais: isso influencia diretamente no comportamento masculino.

A mulher "moderna", e na minha opinião ( que me desculpem as "Rês Bordosas") burra, acha o máximo sair prá balada e beijar no mínimo seis caras. Voltar sóbria prá casa é motivo prá virar piada da "tchurma" até o próximo fim de semana. Recusar um motelzinho com aquele um que mais parece Top Model de rótulo de suplemento alimentar... Ah é insanidade!!! E está formado o círculo vicioso. São incapazes de estabelecer um relacionamento bacana com alguém. E além do mais, nem se dão conta de que são vistas como um artigo, passatempo... aquelas coisinhas que temos por perto prá tirar o stress. Tenho um grande amigo que classifica esse tipo de mulher como "Disk-Pizza". Até serve prá matar a fome no meio da semana, ou num sábado chuvoso que não se quer sair de casa.

Diante dessas observações, prefiro ser eu mesma. Não acredito em prazeres fúteis. E, como já disse, cada um na sua. Gosto da minha caretice, já que não me enquadro nas características da mulher "moderna".

A mulher moderna reclama da solidão, de que os homens não prestam... Sinto informar que a igualdade de direitos... pura ilusão. Isso não tem nada a ver com feminismo, apenas com visão de valores e auto-estima. É uma pena!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Síndrome de Sísifo

" De maneira semelhante a Prometeu, Sísifo encarnava na mitologia grega a astúcia e a rebeldia do homem frente aos desígnios divinos. Sua audácia, no entanto, motivou exemplar castigo final de Zeus, que o condenou a empurrar eternamente, ladeira acima, uma pedra que rolava de novo ao atingir o topo de uma colina, conforme se narra na Odisséia. Sísifo é citado na Ilíada de Homero como filho de Éolo (iniciador da estirpe dos eólios). Rei de Éfira, mais tarde Corinto, é tido como o criador dos Jogos Ístmicos celebrados naquela cidade e como o mais astuto dos homens. Em relatos posteriores a Homero, aparece como pai de Ulisses, que teria gerado com Anticléia. A lenda mais conhecida sobre Sísifo conta que aprisionou Tânato, a morte, quando esta veio buscá-lo, e assim impediu por algum tempo que os homens morressem. Quando Tânato foi libertada, por interferência de Ares, Sísifo foi condenado a descer aos infernos, mas ordenou à esposa, Mérope, que não enterrasse seu corpo nem realizasse os sacrifícios rituais. Passado algum tempo, pediu permissão a Hades para regressar à Terra e castigar a mulher pela omissão e não voltou ao além-túmulo senão muito velho. Sua punição final reafirma uma provável concepção grega do inferno como lugar onde se realizam trabalhos infrutíferos. "

Existem tantos Sísifos na atualidade, que agora mesmo você pode estar de fronte a um ou até mesmo identificar-se com ele. São pessoas que vivem no "quase". Nunca conseguem terminar uma tarefa, um curso... Vivem começando várias coisas ao mesmo tempo. Começam com todo "o gás ", mas perdem o interesse e abandonam.Quase se casaram, quase foram promovidos, quase se formaram... ah se não fosse o quase. O que é pior é que em virtude de tantos "quases", os Sísifos têm a falsa impressão de sucesso.
São pessoas que pensam levar vantagem em tudo, visando apenas o próprio benefício. Claro que devemos nos colocar em primeiro lugar sempre. Mas isso não significa usar pessoas como degrau para colocar sua pedra no topo. Os Sísifos ficam sempre tendo idéias "magníficas"que QUASE dão certo. Isso pode ser desastroso a longo prazo. Ao final os "quases" não agregaram nada e a frustração pode vir à tona. O melhor é antes de tudo, jamais enganar a si próprio. Todas as ações, por menores e menos importantes que pareçam, requerem planejamento, execução e finalização. Se não houver essa ordem, é inevitável que a pedra role abaixo toda vez que você estiver QUASE lá em cima.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Cor-de- Sol



Caminhara em direção ao horizonte desconhecido.
Tarde ensolarada de inverno. As caixas cheias de circuitos que foram o instrumento mediador da descoberta, já não representavam mais limite para os passos firmes em direção à luz que desejava ver desde o principio.
O asfalto parecia areia. O chão era firme, mas sua alma flutuava, sorria.
Fez uma grande viagem ao interior de si mesma,e relembrou todos os detalhes dos motivos que a levaram até àquele lugar.
Ao chegar no destino proposto, imposto e sabe-se lá há quanto tempo esperado,o chão firme se transformou em nuvem.A longa distância se desfez, parecia nascer outra vez.
Num segundo sorriu-lhe o mundo, fora amarrada num abraço em forma de laço. Descobrira então que seu horizonte tinha nome e sobrenome e,a grande luz que brilhava ao seu redor, vinha dos olhos Cor-de-Sol.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

" A gente não quer só comida..."



Fim de ano outra vez. Contagem regressiva. Começam aquelas comemorações a que tenho verdadeiro horror.Não que eu não vá, também não sou hipócrita.Mas são nessas ocasiões que você pode observar a mediocridade e superficialidade das relações nas quais estamos inseridos, estigmatizados.

Essa época do ano deixa as pessoas mais “boazinhas”. É tempo de pensar nos desfavorecidos, nos moradores de rua, nas crianças que trabalham no farol. Sem contar ainda, que você é até capaz de sorrir para aquela pessoa que trabalhou ao seu lado o ano todo, dividindo o mesmo ambiente. Falar bom dia pra ela é um tamanho sacrifício. Você quer mais é que ela se dane! Ah!!! Mas agora o espírito natalino deixou seu coração mais amolecido, aumentou seu grau de compreensão e tolerância com o próximo. Você vai até participar do amigo secreto da empresa só para provar para as pessoas que seu mau-humor crônico foi curado, você elevou seu espírito, está de bem com a vida ( essa é a pior expressão que alguém já pode ter inventado). Nem menciona que nos outros anos gastou uma fortuna em presente e recebeu aquela “lembrancinha” de R$ 1,99. E dessa vez, jura que não vai pedir para trocar o papelzinho se você tirar alguém que não suporta.

O ponto não é esse. Acontece que nessa época se acentua a auto-cobrança.É normal fazermos uma análise das atitudes e da consciência. Não pelo que não fazemos pelos outros, mas na maioria das vezes pelo que não fazemos nem por nós mesmos. E isso gera uma culpa de proporções que não calculamos, porque fica lá, escondida, disfarçada. Isso reflete nas nossas atitudes, no trabalho, na vida familiar e afetiva. Cobramos das pessoas próximas a atenção que não damos, o bem que não fazemos e a saciedade de fome que ignoramos.

Fui abordada por uma pessoa que lidera um desses movimentos de Ação Social que arrecada alimentos para os necessitados do Nordeste. Em absoluto, não tenho nada contra e contribuo quando me sinto a vontade. O que me intriga é : por que só nessa época? Se fosse um movimento menos sazonal, seu efeito teria uma extensão maior, seria menos contrastante. As pessoas que são beneficiadas com essas campanhas, passam o tempo todo esperando que o ano chegue logo ao fim, pois sabem que terão comida de qualidade melhor. Vou além : qualidade nada, elas vão comer!!

Aí, quase todo mundo se sente meio papai-noel e quer mais é se livrar do seu purgatório interno. E o que é pior, acreditam que Deus lhes concederá graças infinitas por ter “ajudado” a um irmão. Sou a favor de ajudar aquela pessoa que esteja de repente à sua frente na fila do caixa do supermercado, num dia qualquer. Vemos muitas vezes pais ou mães contando moedinhas prá comprar leite, arroz, feijão. Que não seja sempre, mas quando tiver de ser, que seja sincero.

Quando me deparo com campanhas desse tipo em épocas específicas e, principalmente agora, penso que somos seres que vivem em planetas diferentes: os “normais” fazem no mínimo três refeições diárias (inclusive eu) e os outros são aqueles que só comem no Natal. Tem algo errado?

sábado, 1 de dezembro de 2007

OUTDOOR



Tempo esgotado, ou quase. Parece que os dias fogem da gente e quanto mais a gente tenta se agarrar a ele, mais ele escapa.
Muitos autores têm dissertado a respeito de administração do tempo. As frases mais comuns entre as pessoas: “Hoje o dia passou que eu nem vi” , “ Já é sexta-feira de novo”, “Esse ano passou e eu não fiz nada”, “Não tenho tempo pra nada”... e por aí vai.Certamente você também usa alguma que esqueci de relacionar, ou melhor nem deu tempo de lembrar.

Ando meio saudosista. Semana passada reencontrei uma amiga da época de colégio num shopping perto de casa. O tempo parece ter estacionado ali conosco. Ficamos boas horas conversando sobre o que aconteceu em nossas vidas nesses dezenove anos. Levei um susto. Passaram-se dezenove anos e ainda nos lembramos de tudo como se tivesse acontecido dias antes. E foi bárbaro. Parece que revivemos aqueles momentos e além disso, trocamos as experiências dos anos em que não tivemos notícias uma da outra. Nossas vidas tomaram rumos diferentes, alguns momentos dolorosos marcados por sofrimento e outros de alegria imensurável. Tudo ali, resumido em horas. E as imagens dos fatos todos em comum iam se somando em minha mente, como se eu pudesse com elas montar um grande outdoor. No fundo, é isso que todos nós somos e é a maneira de comunicação mais eficiente que existe. Um outdoor atinge diversos públicos, de modos diferentes, ainda que a essência da mensagem não mude.

Zelamos muitas vezes pela imagem, pela fotografia, mas a mensagem é tão contraditória que fica em desarmonia com o painel. Imagino que um outdoor possa ser qualquer um de nós de braços e coração aberto. Pronto pra mostrar aquilo que sente, que deseja, que realmente tem valor.

Não sou a favor de publicar em outdoor o que tem endereço certo. Certas mensagens são tão específicas que se lançadas a quaisquer par de olhos, correm o risco de ser incompreendidas. Portanto, atenção com o seu outdoor. Dedique seu raríssimo tempo na montagem do seu painel, coloque nele seu coração. Não generalize as mensagens, não abuse da propaganda. Deixe um espaço em branco para dar o toque final do que realmente é importante. Use imagens alegres. Imprima sua beleza particular. Coloque emoção nas palavras. A propaganda ainda é o melhor negócio. Dela depende o seu sucesso ou fracasso. O meu outdoor é transparente, e o seu ??