quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Matemática pura. Questão de probabilidade!!!!




Hoje um simples adesivo num carro me fez perder o rumo. Só de imaginar o que aquilo significava cheguei a ter calafrios. Lula no terceiro mandato.

Sempre que tenho um tema pra dissertar, normalmente ele está diretamente ligado a alguma outra coisa que a princípio não tenha qualquer chance de estar interligado. Mas aprendi que para melhor entendermos sobre determinadas coisas, primeiro é melhor saber que tudo, absolutamente tudo faz parte de tudo. Complexo? Explico meu ponto de vista.

Hoje foi o último de dez dias que fiquei em casa descansando, pelo menos mentalmente da rotina estressante que vinha levando nos últimos meses. Saí pra encontrar uma tia, que fazia aniversário e por quem tenho um amor filial. Tomamos um suco e cada uma foi fazer suas coisas, ela também tinha outros compromissos.

Tive duas passagens em locais totalmente diferentes, mas ambas me deixaram num estado de quase anestesia.

Primeiro como de costume fui à lotérica, lá com meu jogo semanal, uma fila gigante, e eu lá planejando como investir meus milhões. Logo a minha frente um casal “da melhor idade” com um volante da mega-sena na mão e dialogando entre eles :
Ela : - “Ave Maria nego! Com um dinheiro desse a gente não precisa mais ter nenhuma preocupação com nada. Termina de pagar a escola dos meninos, troca o carro, pode comer em restaurante todo dia...”

E a senhora continuou lá tecendo os sonhos dela, assim como eu estava a fazer o mesmo com os meus. Afinal, quem é que joga pra perder?

Então o “nego” responde:
Ele: - “É... sonhar é bom, mas nem adianta a gente não vai ganhar mesmo!”

Aí eu pensei comigo com uma vontade de falar: O que é que leva uma pessoa a arriscar se ela já “sabe” que não vai ganhar ? Tudo bem, a probabilidade é pequena, até concordo, mas a chance existe 1:50.063.860, mas posso ser eu esse 1.

Saí de lá com a minha aposta, mas confesso, fiquei com vontade de falar que compensava mais ele tomar um sorvete com o dinheiro da aposta, mas enfim, a esposa estava sonhando, pelo menos ela acreditava.

Fui até a livraria, como de costume. Afinal, nada melhor que gastar meu tempo neste último dia em companhia de uma das coisas que eu mais amo: livros. Às vezes eu tenho a impressão que certas situações me perseguem, deve ser até pelo fato de que eu escrevo sobre quase tudo o que vejo e/ou sinto.

Segunda-feira, a maioria das pessoas já volta às aulas, então esses dias o movimento nas papelarias e livrarias é intenso.

Peguei um livro que me interessava e sentei-me lá para tomar um café. A mesa tinha três lugares e como eu ocupava somente um, duas moças pediram licença para sentarem-se ali. Claro, que não fiz objeção. Elas conversavam e num instante que eu parei a leitura para tomar meu café, uma delas me perguntou se eu acompanhava política. Falei que não muito, mas que gostava de ler a respeito de algumas coisas.

E então veio a pergunta crucial: Você votou no Lula?

E, engolindo meu café, olhei para ela e respondi veementemente que não.

A outra moça, disse que havia votado, e ficou falando lá sobre as qualidades da referida pessoa.

Como estava na livraria, até pela liberdade de expressão, não pude deixar de colocar meu ponto de vista enfático a respeito do que penso sobre educação. Ainda que haja pessoas de sucesso que não concluíram os estudos, penso que ´´e o investimento mais acertado que existe, uma vez que conheciomento é o único bem que perpetua, inclusive depois da morte. Ainda tem o agravante de terem escolhido por mim uma pessoa para governar o país com uma formação minimalista.

Ficaram me olhando atravessado. Defenderam ferozmente o presidente, e chamaram-no inteligente, isso até não pude retrucar, afinal, ele atingiu seu objetivo.

Porém,minha resposta foi instantânea: Se você não acredita em educação, vá em frente. A probabilidade de você dar certo é 1:190.000.000. Fechei o livro, pedi licença e saí.

É bem mais provável ganhar na mega-sena.

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