domingo, 13 de janeiro de 2008

" As Flores de Plástico não Morrem!"






Sustentabilidade. É a palavra de ordem e da moda. Tudo deve ser ecologicamente correto. Mas até que ponto?
Os esotéricos mais entendidos do assunto das leis universais defendem ferrenhamente que energia parada é nociva. Isso inclui objetos fora de uso, roupas, e tudo o mais que não estiver em perfeito estado de funcionamento.
Defendem também a tese de que flores de plástico provocam a estagnação da energia e são anti-prosperidade. Será mesmo?
O mais interessante é que descobri certo ar contraditório nessa afirmação.
Claro que as flores naturais são mais bonitas, valorizam o espaço, alegram o ambiente. Reverenciam a vida da forma mais graciosa que existe. Esbanjam beleza e perfume.
Os consultores de etiqueta mais renomados têm verdadeiro horror às decorações com flores de plástico. Chamam taxativamente de brega.
Meu conceito a respeito de brega ou chique tomou uma outra dimensão. São Paulo oferece uma gama de oportunidades para reflexão de valores sobre determinadas coisas.
Estive ontem jantando num lugar muito elegante da cidade. Diga-se de passagem, em companhia mais que agradável. O salão bem decorado, sóbrio, de cores neutras, luz na medida certa, lembra um casarão antigo das primeiras décadas do séc.XX. Mesas impecavelmente bem postas e um atendimento bem aquém do que estamos acostumados em lugares ditos comuns.
Porém, devo dizer que nem tudo são flores, pelo menos não naturais. Complementando o ambiente elegante e as mesas impecavelmente postas, para minha surpresa, havia um vasinho com uma linda rosa colombiana vermelha, e pasmem:de plástico.
Na periferia, usar natureza morta é brega. Mas... ser ecologicamente correto é chique, pelo menos entre a realeza!

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