Gestação. A palavra escrita é para quem encontra nesta forma de expressão uma espécie de gestação com parto instantâneo. Cada frase, cada texto nasce com um propósito e a partir de uma emoção, um sentimento.
Tenho a impressão de que já gerei tantos filhos que se esperasse por cada um deles durante os nove meses da gestação humana, teria de ter simultaneamente muitas vidas para trazê-los à luz.
Os sentimentos brotam em forma de palavras conexas, que muitas vezes parecem ter forma, cor, cheiro. Manifestam todos os sentidos de uma maneira ímpar e intensa, meio fora de controle. Formulam o futuro, remetem ao passado, tudo ao mesmo tempo nesta espécie de “continuum” espaço além de nossas mentes.
Penso que nada pode deter minhas palavras. Por meio delas eu amo e repudio, me apaixono e esqueço; protesto e compartilho idéias.
O papel muitas vezes é meu melhor amigo. Conto tudo a ele. Ele apenas me “ouve” como pode, não faz críticas, nunca discorda. Porém, a liberdade que me dá para que eu expresse exatamente o que sinto, muitas vezes é limitada pela compreensão daqueles que mesmo lendo, não podem entender o que se passa.
Conto os fatos, invento histórias, reais ou imaginárias, porém todas com uma característica comum: falam dos anseios, das dúvidas, das misérias e principalmente do amor humano.
Nada pode superar o poder de uma palavra escrita. Ela está em todos os documentos da humanidade, contando história de civilizações, contando história de figuras ilustres, contando história de nós mesmos, pessoas comuns, porém não menos importantes.
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